Pele Limpa
Higienizar o rosto é tão
rotineiro que, na maioria das vezes, não nos damos conta de como é importante.
Um produto mal indicado ou um hábito errado podem prejudicar a aparência. Tire
suas dúvidas mais frequentes sobre o assunto.
Minha pele é oleosa e
meus poros muito abertos. Parece que quanto mais eu lavo o rosto, pior fica.
Como posso resolver este problema?
Lavar
de mais o rosto não é uma boa solução para combater a oleosidade. Essa atitude
provoca o efeito oposto.
“ O sabonete remove excessivamente
o sebo, a pele atende que está ressecada e acaba produzindo ainda mais
oleosidade para compensar “, explica o
dermatologista Davi Abrantes de Lacerda, da Universidade de São Paulo. A
higienização deve ser feita uma ou duas vezes por dia, com formula
adstringentes específicas para o seu tipo de pele, de preferencia na forma de
gel ou loção, e, se possível, com água fria, que combate a oleosidade
temporariamente e ajuda contrair os poros. Nas embalagens dos sabonetes,
procure por ingredientes como o enxofre e os ácidos. “ Após a lavagem, lance
mão de cosméticos que controlem a atividade das glândulas sebáceas como os que
tem ácidos salicílicos”, diz a dermatologista Catarina Capela de São Paulo.
Tenho rosácea e
qualquer produto que aplico deixa a minha pele muito vermelha. Como posso fazer
a limpeza sem agredi-la?
No
Brasil, ainda há poucas opções de cosméticos específicos para tratar o distúrbio A rosácea é um problema inflamatório, crônico e deixa a pele mais
sensível, avermelhada, com vasinhos aparentes, poros dilatados e, em casos mais
graves, bolinhas com pus. Por isso, o cuidado na hora de escolher os produtos
para higienizar o rosto deve ser redobrado. “ Prefira as fórmulas específicas
para pele sensível e sem fragrância e os cosméticos neutros, sem substâncias
muito agressivas, como ácido, por exemplo”, converse com seu médico sobre as
opções de tratamento que amenizam a rosácea, pois ele pode receitar fórmulas
manipuladas, como sabonetes e loções a base de sulfacetamida sódica, substâncias
que ajudam a controlar as crises.
Muitos dermatologistas
dizem que a limpeza de pele deve ser feita todo mês. Isso é realmente necessário?
Depende
do seu tipo de pele. Quem sofre com a oleosidade, cravos ou acnes precisa, sim,
agendar uma sessão de cada trinta dias. “Se o quadro for grave, é possível que
seja necessário uma frequência ainda maior”, “já a pele normal e a seca não
exigem limpeza profissional frequente, mas apenas acada três e seis meses
respectivamente”, diz Davi Lacerda. Nestes casos, o procedimento é bem-vindo
quando houver nessecidade de aumentar o brilho e a vitalidade do rosto, já que ele retira as impurezas e células mortas mais profundamente do que a limpeza
diária, feita em casa. É interessante também ter sempre um bom esfoliante facial.
Assim, sempre sempre que sentir nessecidade de dar uma renovada na pele, é só
aplicá-lo.
Usar esfoliante mais
de duas vezes na semana é prejudicial para a saúde do rosto?
Mais
uma vez a resposta dependente do tipo de pele. As mulheres que sofrem com o
ressecamento devem ter mais cuidado com esse tipo de produto, para não piorar o
problema. Neste caso, o ideal é utilizá-lo semanalmente ou a cada 15 dias,
para dar uma clareada no rosto. Mas se o tecido estiver muito ressecado ou
tiver propensão eczema (inflamação que deixa a pele avermelhada e descamando),
o ideal é evitar qualquer tipo de abrasão para não irritar. Nos outros tipos de
pele, o produto pode se aplicado de duas a três vezes por semana. Na hora da
compra, é bom ter em mente que há diferentes tipos de esfoliante. Aqueles com
partículas menores são menos agressivos e esse, sim, podem ser aplicados
diariamente ou em dias alternados. Os mais abrasivos podem fazer parte da sua
rotina de beleza, ni máximo, duas vezes por semana. Orientação: espalhe o
produto com movimentos circulares delicados. A sensação não deve se
desconforto.
Qual a diferença entre
os sabonetes indicados para o rosto e usados para lavar o corpo?
Os
produtos formulados para a face têm um textura mais delicada, fragrância agradável,
são menos agressivos e contêm substâncias adicionais, que hidratam ou controlam
a oleosidade, por exemplo. No entanto, não há grandes diferenças. “Mesmo sendo
mais suaves, ainda são vendidos muitos sabonetes prontos para lavar o rosto que
tem pH alcalino (o da pele é ácido) e substâncias agressivas que retiram o sebo
de maneira intensa, mesmo que contenham ativos hidratantes”, afirma a
dermatologista Catarina Capela. Segundo a especialista, o que faz diferença ,
mesmo, para a pele, é usar fórmulas manipuladas receitadas por um
dermatologista. Essas têm ativos pensados exclusivamente para você e para suas
necessidades.
É verdade que os
sabonetes em barra são mais agressivos para a pele do que as versões líquidas?
Para
deixar o sabonete duro, na forma de barra, são necessárias substâncias que
podem não ser muito gentis com a pele, principalmente as secas. “Eles costumam
remover a gordura de maneira mais
efetiva e, por isso, são mais indicados para quem tem acne, pois, aí sim, esse
efeito é bem-vindo”, é verdade que existem barras com fórmulas mais modernas e
suaves. Mesmo assim, quem sofre com o ressecamento ou a sensibilidade deve
preferir as versões líquidas ou conversar
com o dermatologista para saber especificamente qual é o melhor produto.
Devemos usar
demaquilante antes ou depois de lavar o rosto?
Não
há uma regra. A resposta varia de acordo com a escolha dos produtos e a
preferência pessoal. “Costumo indicar aos meus pacientes que apliquem primeiro
o demaquilante, pois remove o grosso da maquiagem e a lavagem dá um fim em
qualquer resíduo”, diz Nuno Osório. A dermatologista prefere ao contrário: “eu
lavo o rosto antes, porque consigo retirar grande parte da base e afins, e
completo a higiene com um produto específico, de preferência aqueles já já
venham em pads e que não tenham substâncias oleosas”, se o demaquilante for
bifásico, é melhor aplica-lo antes de lavar, para não ficar nenhum resíduo de
óleo, que pode provocar acne. Quem não usa muita maquiagem, pode investira
penas em um demaquilante, sem necessidade de enxaguar.
A limpeza feita com
esponja facial é mais eficaz que a realizada apenas com as mãos?
Uma
limpeza eficaz não nessecita de esponja.
“Ela
até pode ser usada para realizar uma
esfoliação superficial da pele, mas muitas vezes as pessoas acabam exagerando
na fricção ou na frequência e irritando o tecido, além disso, ela retém água e
restos de células no seu interior, o que contribui para a proliferação de
fungos e bactérias”. Por isso, a esponja precisa ser muito bem lavada, seca
depois de cada uso e trocada a cada mês.
O tônico facial é
imprescindível? Ele deve ser aplicado de manhã e à noite?
“Não, eles não são imprescindível,
principalmente depois de uma boa limpeza feita com o demaquilante e o sabonete
certos”, afirma o dermatologista, “eles eram úteis para facilitar a remoção de
maquiagens mais pesadas, que hoje são menos utilizadas”. Esse tipo de cosmético
pode ser usado para proporcionar uma sensação refrescante, antes da aplicação
do hidratante ou anti-idade. Os tônicos que podem ser aplicados diariamente de
manhã e à noite, também são indicados quando houver a nessecidade de algum tipo
de tratamento. Eles ficam mais tempo em contato com o tecido do que os
sabonetes e, por isso, agem de forma mais intensa, terminando de limpar os
poros, hidratando, secando espinhas ou clareando a pele, dependendo do objetivo
e dos seus ativos.
As máscaras faciais
realmente proporcionam uma limpeza mais profunda?
Sim.
A sua ação é mais intensa por causa do tempo que elas ficam em contato com o
tecido, que favorece a absorção e atuação dos seus princípios ativos Elas não
são imprescindíveis para uma boa higiene, mas quem usa costuma notar bastante
diferença. Atualmente, existem máscaras variadas e com as mais diferentes
ações: para reduzir poros, hidratar, anti-idade, clareadora, que controla a
oleosidade. É importante escolher uma que atenda as usas nessecidades.
Acomodá-lamna geladeira é uma boa maneira de conservá-la por mais tempo e
turbinar a ação drenante e calmante que ela exercem sobre a pele.
Fontes Marie
Claire, escrita
por Thaís Szego
